O desemprego no país foi de 13,2%, em média, no trimestre de dezembro a fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa é a mais alta para trimestres desde que o instituto começou a publicar a pesquisa, em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil foi de 13,5 milhões de pessoas.
São cerca de 1,4 milhão de desempregados a mais do que no trimestre de setembro a novembro, alta de 11,7% na população desocupada. Em um ano, são 3,2 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 30,6%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
Comparação com resultados anteriores
No trimestre de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, a taxa de desemprego foi de 13,2%:
no trimestre de setembro a novembro, havia sido de 11,9%;no trimestre de novembro a janeiro, havia sido de 12,6%;um ano antes (dezembro de 2015 a fevereiro de 2016), havia sido de 10,2%.
O número de desempregados chegou a 13,5 milhões:
no trimestre de setembro a novembro, havia sido de 12,1 milhões;no trimestre de novembro a janeiro, havia sido de 12,9 milhões;um ano antes (dezembro de 2015 a fevereiro de 2016), havia sido de 10,4 milhões.
Número de trabalhadores
O número de pessoas com trabalho foi de 89,3 milhões entre dezembro e fevereiro, queda de 1% em relação ao período de setembro a novembro, ou 864 mil pessoas a menos.
Em um ano, o total de trabalhadores caiu 2%, o que equivale a cerca de 1,8 milhão de pessoas.
Rendimento de R$ 2.068
O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.068. O valor é 0,93% maior que o do trimestre de setembro a novembro (R$ 2.049) e 1,52% maior comparado com o mesmo período do ano anterior (R$ 2.037). O IBGE considera que houve estabilidade nas duas comparações.
Número de carteiras
O número de empregados com carteira assinada ficou em 33,7 milhões, queda de 1% na comparação com o trimestre de setembro a novembro, ou 337 mil pessoas a menos com carteira. Em um ano, o país perdeu 1,1 milhão de empregos com carteira, recuo de 3,3%.
Metodologia da pesquisa
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
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