Uma estudante da escola Carlos Casavechia, no Conjunto Xavier Maia, em Rio Branco, tentou suicídio depois de participar do famoso jogo da Baleia Azul. O assunto veio à tona através da mãe da estudante, que divulgou o conteúdo das conversas sobre o game em um grupo de WhatsApp. Ambas não terão seus nomes divulgados.
No grupo, após divulgar imagens de vários cortes e pontos cirúrgicos em um dos braços, a estudante confessa ter tentado o suicídio depois de ter chegado à última fase do jogo macabro.
O assunto assustou os outros estudantes, conforme mostram os prints. Alguns deles aconselham a jovem a abandonar o Baleia Azul, outros tratam o assunto como uma brincadeira.
A jovem começa dizendo: “gente, tentei me matar. Não morri porque Deus não quis”. Um colega aconselha: “Nem ele quer e nem eu. Continue viva. Sua vida é mais importante que qualquer problema”. Outro colega pergunta: “já desenhou a baleia?”.
Chamado Baleia Azul, esse game de origem russa começa por meio de contatos com grupos secretos do Facebook e culmina com um administrador repassando 50 desafios de graus variáveis de dificuldade, sendo a última tarefa a pessoa dar cabo da própria vida. Até o ano passado em todo mundo havia o registo de pelo menos 130 suicídios com vínculos a comunidades denominadas “grupos da morte”.
Semana passada, uma adolescente de 16 anos, que morava na cidade de Vila Rica (MT), cometeu suicídio e deixou duas cartas contando a cronologia e regras do Baleia Azul. Ela estava com cortes nas pernas e braços.
Há registros também no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba.
Como funciona
O jogo tem um curador ou moderador que distribui os desafios a partir de um grupo secreto onde os contatos são inciados pelo Facebook. Entre os desafios estão provas mórbidas que de certa forma preparam os participantes para o suicídio.
São desafios típicos, por exemplo: escrever frases e fazer desenhos com lâminas na palma da mão e nos braços, assistir a filmes de terror de madrugada, subir no alto de um telhado ou edifício, escutar músicas depressivas, mutilar partes do corpo – como os lábios -, ficar doente, ir a uma estrada de ferro de madrugada, receber e aceitar uma data para a sua morte e cumprir essa missão.
Fonte: AC 24 Horas
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