Organismos internacionais, agora, tentam combater a proliferação da doença. Mais de 800 pessoas morreram com a passagem do ciclone em 3 países da África.
Por G1
O número de pessoas diagnosticadas com cólera em Beira, cidade de Moçambique mais atingida pelo ciclone Idai, chegou a 517 neste domingo (31). Segundo o diretor de Assistência Médica do país africano, Ussene Isse, o total de casos quase dobrou em relação aos 217 anunciados no sábado.
Beira, em Moçambique, registra uma morte por cólera após ciclone
De acordo com a agência Reuters, Isse afirmou que uma pessoa morreu por causa da doença – a primeira morte confirmada, segundo ele, dentro das unidades de saúde de Moçambique desde a passagem do ciclone. Na quarta-feira, o governo local havia informado a morte de cinco pessoas em decorrência do cólera, mas não forneceu mais detalhes sobre essas vítimas.
O ciclone Idai tocou o solo em Moçambique em 14 de março, até seguir continente adentro e perder força. Alagamentos causaram destruição e morte também no Malaui e no Zimbábue. O número de mortos chegou a 815 nos três países, de acordo com a Associated Press. Desse total, 501 vítimas morreram em território moçambicano.
Esforços contra o cólera
Mais de duas semanas após a passagem do ciclone Idai, que causou estragos em Moçambique, Malaui e Zimbábue, voluntários e governos estrangeiros concentram esforços para evitar a propagação do cólera.
O cólera se espalha pela água ou comida contaminada por fezes que contenham a bactéria causadora da doença. Pacientes diagnosticados apresentam diarreias fortes e taquicardia, e podem morrer em poucas horas caso não haja tratamento.
Médicos enviados pelo governo da Chinaespalharam neste domingo (31) um produto químico em campos de desabrigados próximo a Beira. O medicamento, segundo a agência Associated Press, evita a proliferação da bactéria causadora do cólera.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que 900 mil doses da vacina contra a doença cheguem a Moçambique nesta segunda-feira. A campanha de vacinação deve começar até o fim desta semana.
Do Brasil, um grupo de 20 bombeiros de Minas Gerais que atuaram nas buscas da tragédia de Brumadinho vai trabalhar nas operações de ajuda na cidade de Beira por 15 dias, a partir desta semana. O governo brasileiro também anunciou o envio de 100 mil euros a Moçambique.
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