Conjuntivite pode ser sintomas do novo Coronavírus , indicam estudos

Conjuntivite pode ser sintoma do novo coronavírus, indicam estudos

 Com informações do Estadão

A conjuntivite é mais um sintoma apresentado pelo pacientes que apresentam casos graves do novo coronavírus, segundo a Academia Americana de Oftalmologia. A entidade fez essa indicação com base em três estudos científicos concluídos recentemente.

“Esse sintoma é muito comum em casos de viroses nas vias aéreas superiores e isso está ocorrendo também com o novo coronavírus, mas em casos mais graves”, afirma Haroldo Vieira de Moraes Jr., professor titular de oftalmologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em infecções oculares e membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Ele ressalta que não é possível afirmar que seja um quadro específico do novo coronavírus. “Apenas é uma conjuntivite”, diz o especialista. Apesar de os estudos mostrarem que a lágrima tem uma quantidade muito pequena de vírus, Moraes recomenda que os profissionais de saúde, ao lidarem com esses pacientes, estejam bem protegidos, usando máscaras, luvas, entre outros equipamentos. Se o profissional tocar a lágrima do paciente e, sem querer, tocar a mucosa de sua boca ou nariz, por exemplo, pode se contaminar. “Mas não há risco de pegar no simples fato de olhar para um paciente com essa conjuntivite”.

*Conjuntivite*

Uma recomendação importante feita pela Sociedade Americana de Oftalmologia e endossada pelo especialista é que, em tempos de pandemia do novo coronavírus, as pessoas que normalmente usam lentes de contato diminuam o tempo de uso e optem pelos óculos. “Hoje não se deve usar lentes por um período prolongado, só o estritamente necessário”, alerta.

O motivo desse alerta é evitar o risco de contaminação das gotículas que por ventura carreguem o vírus e que podem grudar na lente de contato, contaminando a mucosa dos olhos. A lente acaba sendo uma porta de entrada da doença. “Neste caso, recomenda-se o uso de óculos, pois eles funcionam como uma barreira de proteção”, explica o especialista.

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