Ministério da saúde diz que 4 estados e DF podem estar em transição para aceleração descontrolada do coronavírus


Segundo relatório da instituição, Distrito Federal, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas apresentam evolução em fase epidêmica, considerando o Coeficiente de Incidência nacional de 4,3 casos por 100.000 habitantes.

Por G1 
Quatro estados e DF podem entrar em fase de aceleração descontrolada do coronavírus

Um relatório do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira (3), informou que quatro estados e o Distrito Federal podem estar em transição de fase epidêmica do novo coronavírus, passando de transmissão localizada para aceleração descontrolada da pandemia.

De acordo com os dados do relatório, é preocupante a situação do Distrito Federal, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas, considerando o Coeficiente de Incidência nacional de 4,3 casos por 100.000 habitantes.

Nessas regiões, os Coeficientes de Incidência são:

Distrito Federal - 13,2/100 milSão Paulo - 9,7/100 milCeará - 6,8/100 milRio de Janeiro - 6,2/100 milAmazonas - 6,2/100 mil

Para a análise, o Ministério da Saúde divide a pandemia em quatro fases epidêmicas: epidemia localizada, aceleração descontrolada, desaceleração e controle.

Preocupações

O relatório do Ministério da Saúde também manifestou preocupação sobre o número de profissionais da saúde diagnosticados com a doença, a carência de profissionais de saúde capacitados para o manejo de equipamentos, a falta de leitos e a insuficiência da capacidade laboratorial.

"Para o momento mais crítico da emergência, será necessária uma ampliação para realização de 30 a 50 mil testes de RT-PCR por dia", conclui.

"A constatação de casos entre profissionais de saúde é a maior preocupação da resposta à emergência e um dos eixos centrais da cadeia de resposta, juntamente com os equipamentos de proteção individual e equipamentos de suporte (leitos, respiradores e testes laboratoriais), compondo os condicionantes do Sistema Único de Saúde para a dinâmica social e laboral. Este evento representa um risco significativo para a saúde pública, ainda que a magnitude (número de casos) não seja elevada do mesmo modo em todas os municípios.", cita o texto.

"Há carência de profissionais de saúde capacitados para manejo de equipamentos de ventilação mecânica, fisioterapia respiratória e cuidados avançados de enfermagem direcionados para o manejo clínico de pacientes graves de COVID-19 e profissionais treinados na atenção primária para o manejo clínico de casos leves de Síndrome Gripal."

"Os leitos de UTI e de internação não estão devidamente estruturados e nem em número suficiente para a fase mais aguda da epidemia", completa o relatório do Ministério.

Distanciamento social

O Ministério da Saúde avalia ainda que "as estratégias de distanciamento social adotadas pelos estados e municípios, contribuem para evitar o colapso dos sistemas locais de saúde".

Segundo o órgão, o coronavírus vem apresentando padrão de alta transmissibilidade em algumas áreas geográficas. Em São Paulo, por exemplo, estima-se que a taxa de transmissibilidade varia de R0>3 a R0<6. Após a adoção das medida de distanciamento social ampliado, essa taxa está próxima de R0=2.

O relatório ainda cita que "as Unidades da Federação que implementaram medidas de distanciamento social ampliado devem manter essas medidas até que o suprimento de equipamentos e equipes de saúde estejam disponíveis em quantitativo suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo.

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