Em coletiva realizada nesta quarta-feira, Pedro Guimarães explicou que se a conta não for movimentada nesse período, o dinheiro volta para o governo
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O cidadão que tiver direito ao auxílio emergencial de R$ 600, concedido pelo governo federal, tem até 90 dias para retirar o benefício. Depois desse prazo, o dinheiro volta para os cofres públicos. A medida está prevista no decreto que regulamenta o pagamento do auxílio, publicado pelo presidente Jair Bolsonaro no início do mês passado, e foi citada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, durante entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (6).
Guimarães explicou que o dinheiro vai ficar disponível na conta por até 90 dias depois do depósito. Ele só será devolvido à União se, após esse prazo, o dinheiro não for sacado nem transferido.
"Todos os brasileiros contemplados receberão três parcelas. Isso é fato. De maneira objetiva, quem receber, o dinheiro é da pessoa. Se usar ou não usar, o dinheiro continua depositado na conta. Então isso é claríssimo, é um direito do cidadão que for aprovado. Se não utilizar em 90 dias será devolvido. Então o que pode acontecer: ou a pessoa utiliza ou ela pode fazer também uma transferência para uma outra conta, se ela tiver mais. Agora, nesse intervalo de 90 dias o dinheiro fica depositado na conta à disposição do beneficiado", explicou o presidente da Caixa.
Segundo Guimarães, assim que o cadastro é aprovado, o prazo para ter o dinheiro no banco é de dois dias úteis. Durante a coletiva, o presidente da Caixa também garantiu que os problemas no pagamento do benefício estão sendo resolvidos pelo banco, inclusive as filas nas agências.
Pedro Guimarães afirmou que o pagamento do segundo lote do auxílio emergencial será mais eficiente porque a base de dados da Caixa está montada. Segundo ele, o novo calendário, que será divulgado ainda esta semana, terá datas mais espaçadas para evitar aglomerações nas agências.
“Na segunda parcela, poderemos pagar de maneira diferente. Estamos discutindo com o Ministério da Cidadania uma maneira onde já temos a base de dados. E a grande maioria das pessoas terá essa organização com datas espaçadas, ou seja, não faremos a forma de pagar [nascidos em] janeiro e fevereiro em um dia ou maio e junho em outro dia. Porque pagar 20 milhões de pessoas com conhecimento muito baixo da questão de tecnologia acabava gerando demanda muito grande”, afirmou.
Até esta quarta feira, mais de 51 milhões de pessoas foram cadastradas e mais de 46 milhões já tinham recebido a primeira parcela dos R$ 600 do auxílio. Ao todo, o governo federal vai pagar R$ 1,8 mil para quem tiver o cadastro aprovado, com três saques mensais de R$ 600. Outros 26 milhões de pedidos foram negados e 12 milhões que tiveram resultado inconclusivo estão sendo orientados a refazer o cadastro.
Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/ Record TV, e da Agência Brasil
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