Auxílio emergencial terá mais duas parcelas de R$ 300, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nesta terça-feira (9), na 34ª reunião do conselho de governo com o presidente da República, Jair Bolsonaro, o vice, Hamilton Mourão, e os demais chefes de pasta, que o Brasil gastou quase R$ 1 trilhão no combate ao coronavírus (Covid-19) desde março, e que o auxílio emergencial se estenderá por mais dois meses, mas com valor de R$ 300, inferior ao das parcelas pagas anteriormente.
Segundo Paulo Guedes, o governo deve liberar mais valores, além das parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial, que ele chamou de “uma aterrissagem”. Segundo ele, as parcelas vão culminar na unificação de vários programas sociais e o lançamento do Renda Brasil, uma repaginação do Bolsa Família.
O ministro começou falando do que o governo já gastou com o combate à covid-19. De acordo com Guedes, junto ao Congresso, o governo conseguiu, inicialmente R$ 5 bilhões, que estavam destinados à emenda de relator que aumentava o controle do Congresso sobre a verba do Executivo, e que, na sequência, conseguiu outros R$ 200 bi em redução de compulsório com o Banco Central.
Segundo ele, a medida aumenta a liquidez do sistema financeiro nacional. “Ali começou uma grande escalada. A Caixa Econômica anunciou uma linha de crédito de R$ 100 bi, o BNDES, de R$ 50 bi. São São R$ 350 bi nas primeiras semanas”, disse o ministro.
“Imediatamente, voltamos a atenção para idosos e vulneráveis. Foram R$ 150 bi em antecipação de benefício a pensionista e aposentados e de diferimento de recolhimento de Simples e FGTS para pequenas empresas. O Supremo e o Congresso abiram espaço constitucional com os gastos. O presidente lançou o Nenhum brasileiro fica para trás, também chamado de auxílio emergencial. Foram R$ 150 bi para os invisíveis, mais vulneráveis. Se fosse para ficar em casa, como iam comer? Seguidos logos depois de outras transferência que ajudaram a preservar 10 milhões de empregos”, afirmou Paulo Guedes.
De acordo com o ministro, ao mesmo tempo que o governo preservou os 10 mi de empregos, 38 milhões de brasileiros “foram lançados ao descoberto”, e receberam o auxílio emergencial.
“E havia, no mercado formal, a importância de preservar os empregos. Nas últimas 6 semanas nos EUA, foram destruídos 31 mi de empregos formais. No Brasil, foram preservados, registrados, a manutenção de 10 milhões. A empresa negocia, renegocia o salário, e o governo entra com a diferença. O que chamamos de programa de suplementação de salários”, afirmou.
Salvar vidas e preservar empregos
“Com esses R$ 150 bi de um lado, o auxílio emergencial, e R$ 50 bi de manutenção, chegamos a R$ 700 bi para salvar vidas e preservar empregos. Até esse momento, já éramos o país emergente com maior volume de gastos para combate ao coronavírus. Gastamos duas vezes a média dos países emergentes, 10% acima da média dos países avançados, enquanto diziam que não fazíamos nada”.
Imediatamente após, fizemos articulação com estados e municípios. Já tínhamos mandado R$ 50 bi. Sendo R$ 10 bi de transferência fundo a fundo. Depois, R$ 2 bi para o Sistema Único de Assistência Social. Nossa receita caiu, mas garantimos a mesma diferença para estados e municípios. Mais R$ 26 bi”
O governo gastou outros R$ 20 bi de securitização, além de 1,2 milhões de famílias no Bolsa família em 24 horas, de acordo com o ministro.
“Preferimos errar pelo excesso. Mesmo depois de termos concedido (auxílio aos estados e municípios), demos mais R$ 60 bi, e rolagem automática de dívida com bancos públicos, e outras medidas como facilitar negociação de recolhimento da previdência, o que totalizou quase R$ 180 bi. O Brasil já tinha gasto R$ 880 bi, e lançamos as camadas de crédito. As primeiras reduções de compulsório, aumentamos o crédito, os bancos privados estavam expandindo até mais que bancos públicos, o que não é aceitável. E fizemos reparos aos programas de crédito e aumentamos muito o crédito”.
Segundo o ministro, nesta semana o presidente do Banco Central, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil vão lançar novos programas. “Os próximos passos: por dois meses, vamos estender o auxílio emergencial. Estávamos a R$ 600, vamos começar uma aterrizagem. Com unificação de vários programas sociais e lançamento do Renda Brasil, pois aprendemos que havia 38 mi de brasileiros invisíveis, que merecem ser incluídos no mercado de trabalho. Vamos lançar o Programa Verde e Amarelo que o presidente, durante a campanha disse, que há regime com muitos direitos e poucos empregos. Temos 40 milhões de brasileiros nas ruas sem carteira. Só que agora sabemos quem são. E vamos formalizá-los. O primeiro passo, lançar a camada de proteção com auxílio emergencial por dois meses”, afirmou.
Com informações do Correio Braziliense
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