Bolsonaro não adere ao compromisso de 130 países de lutar contra Fake News

Bolsonaro não adere ao compromisso de 130 países de lutar contra fake news
Do UOL 

O governo de Jair Bolsonaro não aderiu a uma iniciativa de países de todo o mundo para estabelecer um compromisso de não difundir desinformação em meio à pandemia. O documento foi assinado por 132 países e autoridades.

Aliados do governo Bolsonaro como Israel, Índia, Hungria e Japão assinaram a declaração. Até mesmo o governo dos EUA de Donald Trump aderiu, assim como o Reino Unido de Boris Johnson. Também aderiram ao projeto Alemanha, França e Itália, entre muitos outros países democráticos.

Na América do Sul, fazem parte do projeto o Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, Suriname, Bolívia, Peru e Argentina, além da Venezuela e Equador. Na região, só o Brasil ficou de fora.

Procurado, o Itamaraty não retornou aos pedidos de esclarecimento sobre a decisão de não aderir à iniciativa. Países comunistas como China, Cuba e Coreia do Norte tampouco aderiram ao projeto. O governo russo foi outro que ficou de fora, além de Filipinas.

"Desde o surto do vírus COVID-19 e a declaração da pandemia, o secretário-geral da ONU e outros líderes da ONU e suas instituições têm chamado cada vez mais a atenção para o desafio da "infodemia" ou da desinformação pandêmica", diz o texto. "À medida que a COVID-19 se espalha, um tsunami de desinformação, ódio, bode expiatório e assustador foi desencadeado", alerta.

Segundo os governos, em tempos de crise de saúde, "a propagação da "infodemia" pode ser tão perigosa para a saúde e segurança humana quanto a própria pandemia". "Entre outras consequências negativas, a COVID-19 criou condições que permitem a disseminação de desinformação, notícias falsas e vídeos para fomentar a violência e dividir as comunidades", alertam os governos.

"Por estas razões, pedimos a todos que parem imediatamente de difundir informações errôneas e observem as recomendações da ONU para enfrentar este problema", sugerem os governos.

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