Ataques dos EUA em retaliação á Síria deixa 6 mortos em base aérea

Do UOL, em São Paulo  
O ataque norte-americano à Síria nesta quinta-feira (6, hora de Brasília) deixou seis mortos e provocou muitos danos à base aérea de Shayrat, na cidade de Homs, anunciou o exército sírio nesta sexta-feira (7), sem informar se as vítimas sãmilitares"Estados Unidos executaram às 3h42 (21h42 de Brasília, quinta-feira) uma agressão flagrante contra uma de nossas bases aéreas no centro, com mísseis, que deixou seis mortos, feridos e importantes danos materiais", informou o exército em um comunicado lido por um porta-voz na televisão pública.
Anteriormente, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) havia informado que quatro militares haviam sido mortos, incluindo um general de Brigada da Força Aérea. Disseram ainda que o aeroporto foi quase totalmente destruído. "A zona de estacionamento de aviões, o depósito de combustível e o prédio da defesa aérea estão pulverizados", disse a entidade.
DigitalGlobe/Via Reuters
Base de Shayrat, na cidade de Homs, que foi atacada pelo governo norte-americano
A ofensiva norte-americana com mais de 50 mísseis ocorreu em retaliação ao ataque com armas químicas realizado contra civis nesta semana pelo líder do regime sírio, Bashar al-Assad. 
Em pronunciamento, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que foi um "ataque vital de segurança nacional", já que classificou como inaceitável a atitude do governo sírio em ferir com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos".
"Todos os países civilizados deveriam contribuir para o fim do conflito sírio" e "acabar com o massacre e derramamento de sangue na Síria".
Já nesta sexta-feira (7), o presidente russo, Vladimir Putin, considerou o bombardeio uma "agressão contra um Estado soberano".
"O presidente Putin considera que os bombardeios americanos contra a Síria são uma agressão a um Estado soberano, que violam as normas do direito internacional", declarou o porta-voz Dmitri Peskov, afirmando que a ação foi baseada em "pretextos inventados".
O ataque de surpresa marcou uma inversão na estratégia americana adotada para o conflito no país, em guerra civil desde 2011, e ocorreu enquanto Trump estava reunido com o presidente chinês, Xi Jinping, tratando de um outro tema crucial para a segurança dos EUA: o programa nuclear norte-coreano. As ações de Trump na Síria poderiam ser um sinal para a China de que o novo presidente não tem medo de tomar decisões militares unilaterais, até mesmo se países-membros do Conselho de Segurança, como a China, se colocarem contra um eventual ataque.
A ofensiva não foi anunciada com antecedência, apesar de Trump e outros oficiais militares terem elevado o tom contra Assad nesta quinta. 
Ford Williams/Marinha dos EUA/AP
Imagem fornecida pela Marinha norte-americana mostra lançamento de míssil a partir destroyer americano em ataque a base aérea síria

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