Ac24Horas – João Renato Jácome
A saúde pública do Acre continua passando por momentos difíceis. Os pacientes do Hospital do Câncer do Acre, por exemplo, chegam a ficar até um ano na fila de cirurgias doa Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre). A maioria dos pacientes precisam fazer a retirada da mama, já que foram acometidas pela doença.
O grupo, que fez um protesto nesta quinta-feira, dia 02, na Assembleia Legislativa (Aleac), alegam a situação do hospital estadual é um descaso com os pacientes que tem a saúde fragilizada e muitas vezes lutam contra os diagnósticos médicos. Precisam, ainda, correr de um lado para o outro em busca de medicamentos.
Maria de Fátima Oliveira, de 63 anos, diz que o câncer dela só voltou após a espera de 12 meses para completar o tratamento e se livrar da doença. “A sensação é de descaso, de despreocupação, de desrespeito. Nós merecemos respeitos. Nós não temos essa doença porque nós queremos, mas vamos lutar contra todos os dias”, reclama.
O caso, segundo o presidente da Fundhacre, odontólogo Lúcio Brasil, será solucionado até a próxima semana. O chefe do maior complexo hospitalar do Acre conversou com os líderes do movimento de pacientes para encontrar uma solução. Ele alega, contudo, que nenhuma reclamação havia sido feita para ele até então.
“O Hospital do Câncer é uma outra unidade, mas eles utilizam aqui a nossa estrutura, o nosso centro cirúrgico. Vamos colocar uma sala reservada apenas para essas cirurgias de mama, e conversar com o médico que está de licença, para ver se ele suspense a folga e volta ao serviço. Essa é uma prioridade para nós”, promete.
Brasil acredita que as cirurgias devem ser retomadas na próxima semana, tão logo converse com os médicos. “Nós temos três profissionais médicos para isso, e vamos conversar com eles, para acelerarmos esses procedimentos e garantimos a boa recuperação desses pacientes. Ele tem a minha palavra”, completa.
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