Mais de 3,5 milhões de trabalhadores sacaram FGTS inativo





Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil



Os saques das contas inativas do FGTS começaram no dia 10 de marçoFabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil
Mais de 3,5 milhões de trabalhadores sacaram mais de R$ 5,5 bilhões em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até a última sexta-feira (24), de acordo com dados divulgados hoje (31) pelo Ministério do Trabalho. Os saques começaram no dia 10 de março.
O número de trabalhadores corresponde a mais de 70% do total de pessoas que deveriam receber os valores este mês. De acordo com o calendário da Caixa Econômica Federal, no mês de março, 4,8 milhões de trabalhadores podem fazer saques que totalizarão mais de R$ 6,96 bilhões.
Na análise divulgada pelo governo, os números da segunda semana mostram uma desaceleração na busca pelos recursos. Enquanto na primeira semana foram registrados 5.541.723 pagamentos, na segunda foram 459.061. Isso siginifica que a corrida foi grande nos primeiros dias e a maior parte dos trabalhadores já fez a retirada.
Saques
Segundo a Caixa, a maior parte dos trabalhadores, 1,91 milhão, preferiu receber o pagamento em dinheiro. Os demais (1,62 milhão) escolheram o crédito em conta, chegando a mais de R$ 2 bilhões depositados.
Os primeiros saques estão sendo feitos pelos trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro. Em abril, a partir do dia 10, será a vez dos nascidos em março, abril e maio. São 7.731.441 pessoas que poderão sacar um total de mais de R$ 11,23 bilhões.
Os saques das contas inativas do FGTS foram anunciados no final do ano passado pelo presidente Michel Temer. No total, a liberação abrange 49,6 milhões de contas inativas, com um saldo total de R$ 43,6 bilhões. Os saques vão beneficiar 30,2 milhões de trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos até 31 de dezembro de 2015. De acordo com a Caixa, 90% das contas inativas têm saldo de até R$ 3 mil.
Os trabalhadores podem consultar o saldo a receber na página da Caixa na internet.

Edição Juliana Andrade

Comentários