Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (17), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Nicolau Júnior (PP) disse que o horário de funcionamento do aeroporto de Cruzeiro do Sul tem causado alguns transtornos à população. O progressista relatou que a burocracia imposta pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tem dificultado o atendimento dos pacientes daquela região.
“O aeroporto de Cruzeiro do Sul só funciona a partir das 9:00hs da manhã e isso é algo que tem que mudar imediatamente. O que me preocupa mais é com relação ao atendimento médico. No dia 13 desse mês uma moça de apenas 20 anos foi a óbito, ela começou a se sentir mal às 3 horas da manhã e o voo só foi liberado às 10 horas. Isso é um absurdo. Quantas pessoas precisam morrer até que essa burocracia da Infraero acabe? ”, questionou.
O deputado sugeriu que uma comissão de parlamentares fosse formada para discutir o caso com o órgão. “Já pedi para o senador Gladson Cameli falar com o presidente da Infraero em Brasília, levando em consideração a gravidade da situação. Sugiro também que montemos uma comissão para tratar do assunto com a Infraero aqui no Acre. Esses horários devem ser revistos o mais rápido possível. Se for preciso vamos a Brasília para tentar resolver essa situação. Isso é um absurdo, estamos falando de um aeroporto Internacional, ele tem que funcionar 24 horas”, disse.
Nicolau Júnior falou ainda sobre a manutenção realizada pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura do Acre (Deracre) na pista do aeródromo de Marechal Thaumaturgo. “Eu ainda não fui lá, mas já ouvi algumas reclamações de que a pista ficou pior do que estava. Eu não sei que reparo foi esse que fizeram lá, acho que utilizaram foi areia para fechar os buracos, porque asfalto não foi”, complementou.
O oposicionista também comentou o anúncio da obra do Museu dos Povos Acreanos, que será construído pelo governo do Acre.
“Nada contra a cultura do Acre, mas neste momento de crise investir quase R$ 32 milhões num museu já é um pouco demais. A área da saúde, por exemplo, está precisando de vários investimentos. Em Cruzeiro do Sul, o TFD não funciona. A maternidade do município não tem medicamentos nem para as mães nem para os bebês. A UTI do Hospital do Juruá só tem oito leitos e só seis funcionam. Isso é um absurdo. O governo precisa investir mais na Saúde que na construção de museu”, finalizou.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac
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