Presidente do Sinteac pede mais segurança na escolas do Acre


A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), professora Rosana Nascimento, vem cobrando do governo de estado mais  segurança nas escolas. O Sinteac realizou várias audiências públicas para pedir às autoridades o combate da violência nas escolas, inclusive nas várias reuniões que a diretoria da entidade teve com os gestores da Secretaria Estadual de Educação (SEE) pedindo mais segurança para os professores, funcionários de escolas e alunos que estão à mercê desta onda de violência nas escolas em decorrência da disputa das facções criminosas.
Apesar dos constantes pleitos, a SEE  sempre justificou que o trabalho da  Ronda Escolar era suficiente para coibir a violência, mas essa política de segurança pública não tem sido suficiente para garantir a segurança da comunidade escolar e inibir as ações criminosas dessas facções que atuam nos bairros periféricos. “Realizamos audiências públicas para alertar sobre o problema e pedimos aos gestores da Secretaria Estadual de Educação (SEE), várias vezes, uma solução para esta onda de violência”, desabafou a sindicalista.
Rosana lamentou o caso ocorrido no Colégio José Raimundo Hermínio de Melo, no município de Sena Madureira, onde um estudante foi vítima de uma tentativa de homicídio.  A vítima foi alvejada na cabeça, enquanto estava assistindo aula por uma dupla de criminosos que invadiram a escola fortemente armados.  “A invasão da escola por uma facção criminosa revela a fragilidade da política de segurança adotada pelo governo tanto para a população quanto a comunidade escolar”, criticou.
A presidente do Sinteac citou o caso da Escola Carlos Vasconcelos, no Segundo Distrito da capital, que foi completamente destruída por membros de uma facção durante a guerra pelo controle do tráfico.  Explicou que o incêndio criminoso destruiu dois pavilhões, as chamas só não atingiram o setor administrativo, que ficou funcionando precariamente. Diante do problema, os alunos matriculados na escola destruída pelo fogo, tiveram que ser transferidos às pressas para o Colégio  Lourival Pinho e a escola Terezinha Miguéis, para não serem prejudicados. “Ainda bem que foram acolhidos nas duas escolas para terminar o ano letivo sem mais problemas”, comentou a professora Rosana.
Para a sindicalista, o governo do estado não está preocupado com o assassinato da juventude acreana, pois a política de segurança não está promovendo ações que permitam estancar esta violência descontrolada no estado. O poder público, segundo Rosana, está  mais preocupado em construir grandes elefantes brancos e improdutivos que não têm nenhum resultado prático na vida da população.
A sindicalista faz questão de destacar o lançamento de mais um elefante branco, chamado Museu dos Povos Acreanos. “Só nos resta perguntar, qual o reflexo que este empreendimento vai ter na vida do nosso povo, na transformação da realidade dos nossos jovens que até agora, só têm sido as maiores vítimas destas facções?”, indagou a presidente do Sinteac.

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