Com as proibições de veículos na cavalgada que encerra a Expojuruá 2017, o número de participantes foi drasticamente reduzido. Apenas nove cavalos participaram do evento e cerca de 300 pessoas, de acordo com a Polícia Militar.
Ao todo, 15 animais chegaram para a largada, mas, por estarem irregulares, cinco foram retirados da pista pela PM.
Em 2016, mais de 5 mil pessoas participaram do evento. A Cavalgada aconteceu na manhã deste domingo (3)em Cruzeiro do Sul. O grupo saiu da Ponte do União até o Rancho Vó Isaura, que fica na AC-405, cerca de 12 km de percurso.
O chefe da Unidade do Instituto de Defesa Agropecuária (Idaf), Luiz Leite, disse que esse ano a fiscalização foi mais rígida, o que pode ter ocasionado a inibição dos participantes. “A fiscalização inibi, com certeza, mas inibi quem está irregular. Vamos fazer nosso trabalho que é fazer cumprir a legislação”, disse.
O veterinário disse ainda que a redução no número de participantes era previsível, uma vez que é alto o número de animais irregulares na cidade. “Poucos procuraram o Idaf pra poder fazer essa regularização. Sabíamos que quem estava apto a participar eram os donos de ranchos que tem os animais regulados”, afirmou.
Eder Costa, um dos organizadores da Cavalgada, disse que o evento foi bastante prejudicado com a proibição de veículos e a fiscalização dos animais. “De certa forma inibiu e inibiu muito. Entendemos que o Idaf esteja fazendo o trabalho deles, mas a população não estava pronta pra ter uma inibição desse porte”, afirmou.
Duas comitivas participaram da Cavalgadas. O organizador de uma delas, Alex Mendes, disse que, apesar das proibições, a alegria foi garantida no evento.
“A gente provou que mesmo sem veículos e sem carretas podemos nos divertir. Estamos aqui mostrando que podemos nos divertir mesmo assim e que não vão ser as proibições que vão tirar a beleza da festa e a vontade de se divertir”, enfatizou.
O autônomo Wider Vandré, de 26 anos, é de Rio Branco e está na cidade pra curtir a Expojuruá. De acordo com ele, mesmo a pé, a festa foi ótima. “Eu estou muito feliz de estar aqui e está ótimo. Não tem ninguém aqui sem vontade de continuar”, contou.
Mesmo com as exigências do Idaf, alguns participantes estavam esperando em pontos a passagem da Cavalgada. O designer gráfico Jamilson Almeida, de 26 anos que participa há 9 anos disse que está decepcionado com todas as exigências.
“Ano passado foi a coisa mais linda. Agora esse ano tem uma passeata, palhaçada. Eu não reclamo que tenha que ter fiscalização, mas eles não deram tempo pra gente se preparar pra isso. Exame de anemia demora 15 dias pra ficar pronto”, afirmou.
A estudante Valéria de Melo Dantas, de 18 anos, também lamentou o ocorrido. Ela estava em um grupo que foi retirado da Cavalgada. “O Idaf está tentando impedir, mas a gente vai assim mesmo. Isso é Cavalgada”, reclamou.
Com informações e imagens do Portal G1.
Comentários