Acre registra 538 casos de Sífilis em 2016


Jornal a tribuna
No Estado do Acre, foram identificados 538 casos de sífilis no ano de 2016, o que representa um aumento de 9,7% em comparação ao ano de 2015 (490). Os nú- meros são da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), repassados ao jornal A Tribuna na segunda-feira (9).

Fotos da sífilis secundária/ Foto Divulgação
Do total de casos identificados, a maior parte foi em gestantes, um total de 361. Outros 80 casos foram em recém-nascidos e 97 na população em geral. Nelson Guedes, coordenador do setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Aids da Sesacre, informa que o número é ainda maior, mas muitas vezes não é informado pelos municípios.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, mas que pode afetar crianças, a partir da infecção durante a gravidez, ou seja, a doença pode ser passada de mãe para o filho caso não haja tratamento. A doença é mais identificada em grávidas, porque elas passam por exames periódicos durante o período de gestação, o que facilita a identificação da doença.
A infecção em grávidas pode gerar abortos ou a morte do bebê. As crianças que sobrevivem podem ainda nascer com malformações cerebrais, alterações ósseas, cegueira e lábio leporino.
A primeira etapa da doença envolve uma ferida indolor na genitália, no reto ou na boca. Após a cura da ferida inicial, a segunda fase é caracterizada por uma erupção cutânea. Depois, não há sintomas até a fase final, que pode ocorrer anos mais tarde. Essa fase final pode resultar em danos para cérebro, nervos, olhos ou coração.
A sífilis é tratada gratuitamente nos postos de saúde, em geral, com a aplicação de doses de penicilina. As unidades de saú- de também oferecem testes rápidos para a identificação da doença, o que facilita o início do tratamento. Além da pessoa infectada, os parceiros sexuais também devem ser tratados.
Para conscientizar a população sobre a doença, a Sesacre realizará uma campanha de combate a sífilis no final do mês. O cronograma do evento ainda está sendo definido, mas deve contar com ações educativas e a realização de testes rápidos em pontos estratégicos dos 22 municípios do Acre.
Natan Peres

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