A sensação de insegurança sentida pelos moradores de Rio Branco, a capital do Acre, é tamanha, que poucos se arriscam a sair durante a noite para caminhar ou até mesmo ficar conversando com amigos em frente de casa. Também, não é para menos, em apenas um dia foram registradas 10 tentativas de homicídio e 4 assassinatos. O que chama atenção, é o fato de a guerra entre as facções estar fazendo como vítimas inocentes.
Na tarde de ontem (17), criminosos chegaram em um carro no Beco São Domingos, no bairro 6 de agosto, invadiram uma casa e efetuaram mais de 10 tiros. Uma mulher identificada como Débora Lima, 26 anos, que estava grávida de 7 meses, foi baleada e morreu no Pronto Socorro após ser submetida a uma cesariana para a retirada do bebê. A criança, sofreu complicações na hora do parto e morreu pouco tempo depois.
Ainda na mesma ação, os criminosos balearam uma filha de Débora de apenas 2 anos de idade. vizinho que estava com ela também foi atingido pelos disparos. Os homens fugiram do local e não foram localizados pela polícia. A morte da mulher e da criança revoltou a população, que nas redes sociais pede a intervenção do Exército Brasileiro, sendo que as policiais, por falta de recursos, não conseguem coibir a criminalidade.
A violência continua
No Taquari, um adolescente de 17 anos foi alvejado a tiros e mesmo ferido conseguiu escapar entrando numa área de mata fechada. Na cabeceira da Passarela Joaquim Macedo, no Centro da cidade, Henrique Fonseca, 13 anos, foi executado e seu amigo de 14 anos foi atingido a tiros e levado ao Pronto Socorro. Segundo testemunhas, dois homens numa motocicleta se aproximaram dos jovens e efetuaram cerca de 5 disparos.
Ainda durante a noite de terça-feira, Daniel de Oliveira Leite, 18 anos, foi morto com quatro tiros no Residencial Santa Cruz. Moradores relataram terem ouvido ao menos 4 tiros, e ao saírem para ver o que tinha acontecido encontraram a vítima caída ao solo já sem vida. Um dos disparos atingiu a cabeça de Daniel. O corpo dele foi levado à sede do Instituto Médico legal (IM), onde será submetido aos devidos procedimentos.
Ambos os casos seguem sendo investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento nenhum suspeito foi preso por envolvimento nos crimes.
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Via: folhadoacre
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