Não faltou apoio das arquibancadas, nem empenho nos mais de 90 minutos de bola rolando, mas o Flamengo não conseguiu reverter a vantagem imposta pelo Independiente na final da Copa Sul-Americana. O empate por 1 a 1, na noite desta quarta-feira (13), no Maracanã lotado de rubro-negros, garantiu o título do torneio continental aos argentinos.
Ao ser derrotado por 2 a 1 na partida de ida, quarta-feira passada, na casa do adversário, os rubro-negros precisavam de uma vitória por dois gols de diferença para ficar com a taça e não depender das penalidades – não havia a vantagem do gol qualificado para o visitante. Não deu. No placar agregado (3 a 2), o Independiente deixou o Rio de Janeiro como campeão.
Maior campeão da história da Copa Libertadores, com sete taças, o clube de Avellaneda conquista a Sul-Americana pela segunda vez – o primeiro título veio em 2010. Já o Flamengo mantém o jejum de troféus continentais, que perdura desde a campanha vitoriosa na Copa Mercosul de 1999.
Os gols da partida saíram no primeiro tempo. Lucas Paquetá abriu o placar para Fla. Antes do intervalo, o meia Barco, cobrando pênalti, empatou.
Arquibancada magnética
As confusões e a tensão do lado de fora do Maracanã deram lugar ao apoio incondicional dos rubro-negros nas arquibancadas. A torcida do Flamengo proporcionou um belo espetáculo de apoio ao time. Com as emoções à flor da pele, houve também excessos. Contrariando os avisos mostrados nos telões do estádio, sinalizadores foram acesos, o que é proibido, mas a partida não precisou ser interrompida por conta da fumaça. No segundo tempo, outra ocorrência: o Independiente reclamou de objetos arremessados na direção do banco de reservas.
Na plateia, algumas presenças ilustres, como o ex-tenista Gustavo Kuerten. O reconhecimento da equipe ao papel da torcida foi simbolizado na reverência de Lucas Paquetá na comemoração do gol.
Treze minutos de intensidade
Dos 12 aos 25 minutos do primeiro tempo, Flamengo e Independiente criaram boas oportunidades para abrir o marcador, com vantagem para os brasileiros. Começou com Everton, que ficou cara a cara com Campaña, mas chutou em cima do goleiro, e terminou com Diego, que procurou espaço dentro da área e chutou forte, mas Amorebieta rebateu antes de a bola chegar até a meta argentina.
Um gol em cinco toques
O Flamengo abriu o placar aos 29 minutos da primeira etapa. Diego cobrou falta na área. Juan desviou de cabeça para a segunda trave, Réver se esticou (e se machucou) para colocar a bola na pequena área, a zaga do Independiente cortou erado e Lucas Paquetá, quase em cima da linha, empurrou para o gol. Com o placar agregado em 2 a 2, a decisão do título da Sul-Americana ia para a disputa por pênaltis.
Sem medo de decidir
Ezequiel Barco, 18 anos e 1,67 metro de altura, se agigantou diante da pressão da torcida e do lance decisivo que tinha em seus pés no Maracanã. Em contra-ataque armado pelo Independiente, Meza ganhou na corrida de Cuéllar e foi derrubado na área. O árbitro colombiano Wilmar Roldan assinalou a penalidade - confirmada após consulta aos árbitros de vídeo. Aos 39 minutos, Barco cobrou com categoria, deslocando César, e empatou a final, devolvendo a vantagem aos argentinos.
Tudo ou nada
Precisando de dois gols para ser campeão, o técnico Reinaldo Rueda lançou o time ao ataque. Aos dez minutos do segundo tempo, sacou o lateral-esquerdo Trauco e colocou o atacante Vinicius Júnior em campo. Xodó da torcida, o garoto de 17 anos criou uma oportunidade em seu primeiro lance, mas arrematou para fora. Aos 17, a chance veio de cabeça, mas ele errou o alvo.
Depois, foi a vez de o meia Éverton Ribeiro preencher a vaga deixada pelo volante Cuéllar. Mas o Flamengo, mesmo armado para atacar, deixou o desespero prevalecer e não conseguiu se organizar em campo.
Ministro da Defesa
Aos 38 anos, Juan segue com vitalidade de garoto. Com a defesa exposta após a primeira substituição promovida por Rueda, o Independiente achou espaço para contra-atacar e quase complicou ainda mais a situação rubro-negra aos 13 minutos. De frente para César, o atacante Gigliotti esperou a saída do goleiro e mandou de cavadinha para o gol. O experiente zagueiro não desistiu do lance e, em cima da linha, tirou para escanteio.
Susto com César
A tensão rubro-negra aumentou quando o goleiro César, ao sair da meta para interceptar um cruzamento, bateu a cabeça no chão e apagou por alguns segundos. Os jogadores pediram urgência no atendimento médico. Ele, no entanto, seguiu no jogo e ainda fez excelente defesa em cabeçada de Gigliotti à queima-roupa.
FLAMENGO 1 x 1 INDEPENDIENTE-ARG
Data e horário: 13 de dezembro de 2017 (quarta-feira), às 21h45 (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro
Público: 54.963 pagantes
Arbitragem: Wilmar Roldan, auxiliado por Alexander Guzman e Cristian de la Cruz (todos da Colômbia)
Arbitragem de vídeo: Daniel Fedorczuk, auxiliado por Nicolás Taran (ambos do Uruguai) e Roberto Tobar (Chile)
Cartões amarelos: Vinicius Júnior (Flamengo); Albertengo e Meza (Independiente)
Gols: Lucas Paquetá, aos 29 minutos do primeiro tempo; Barco (de pênalti), aos 39 do primeiro tempo
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro
Público: 54.963 pagantes
Arbitragem: Wilmar Roldan, auxiliado por Alexander Guzman e Cristian de la Cruz (todos da Colômbia)
Arbitragem de vídeo: Daniel Fedorczuk, auxiliado por Nicolás Taran (ambos do Uruguai) e Roberto Tobar (Chile)
Cartões amarelos: Vinicius Júnior (Flamengo); Albertengo e Meza (Independiente)
Gols: Lucas Paquetá, aos 29 minutos do primeiro tempo; Barco (de pênalti), aos 39 do primeiro tempo
Flamengo
César; Pará, Réver, Juan e Trauco (Vinicius Júnior); Willian Arão, Cuéllar (Everton Ribeiro) e Diego; Lucas Paquetá, Everton e Felipe Vizeu (Lincoln)
Técnico: Reinaldo Rueda
César; Pará, Réver, Juan e Trauco (Vinicius Júnior); Willian Arão, Cuéllar (Everton Ribeiro) e Diego; Lucas Paquetá, Everton e Felipe Vizeu (Lincoln)
Técnico: Reinaldo Rueda
Independiente-ARG
Campaña; Bustos (Gastón Silva), Franco, Amorebieta e Tagliafico; Domingo, Rodríguez, Meza (Sanchez Miño), Benítez (Albertengo) e Barco; Gigliotti
Técnico: Ariel Holan
Campaña; Bustos (Gastón Silva), Franco, Amorebieta e Tagliafico; Domingo, Rodríguez, Meza (Sanchez Miño), Benítez (Albertengo) e Barco; Gigliotti
Técnico: Ariel Holan
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