O município representa 15% de todos casos registrados no país.
Os números impressionam e estão expostos na sede do setor de endemias em Cruzeiro do Sul. De janeiro até o mês de novembro, o município já contabilizou sozinho 18.854 novos casos de malária, contra 16. 884 de 2016, ou seja, um acréscimo de 12%. Segundo Muana Araújo, chefe do setor Endemias, a situação preocupa, justamente por que o município pode fechar o ano com 20 mil casos confirmados da doença.
“Desde o dia 12 de junho o município de Cruzeiro do Sul assumiu essas ações, e desde então a gente vem trabalhando na intensão de reverter esse caso que infelizmente já estava instalado na nossa cidade. Cruzeiro do Sul apresenta 15% dos casos do Brasil, e a gente vem tentando sair desse primeiro lugar. Temos uma grande quantidade de casos, mas estamos trabalhando para reverter esse numero de casos”, falou a coordenadora Muana.
Com a intensificação das chuvas no período, o problema tende a se agravar.
“A gente está no período sazonal das doenças. Temos uma grande quantidade de chuvas, e muitas vezes por não termos um acesso integral aos ramais, apesar de também termos casos na zona urbana, então tem vários fatores que contribuem, mas temos nos esforçado ao máximo para atender todas as localidades”, explicou.
O Acre representa mais 90% de todos os casos de malária registrados em todo território nacional, desses, Cruzeiro do Sul é responsável por cerca de 30%. Além disso, outra doença endêmica, como é caso da Dengue, também é preciso sempre ficar em alerta.
“A gente mantem as nossas equipes, tivemos nessa semana a supervisão da área da área técnica do estado. Estamos dentro do padrão do o que é preconizado pelo Ministério da Saúde, mas cada um precisa fazer sua parte, a população tem que contribuir, pois é 95% população e 5% endemias”, finalizou Muana.
Com informações de Erisney Mesquita
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