Por : Richard Silva
O governador eleito do Acre, Gladson Cameli (PP), falou ontem, durante a reunião de vinte governadores com a equipe do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, em “fechar” fronteiras para combate ao tráfico.
“Precisamos urgentemente fechar aquelas fronteiras e dar uma segurança”, declarou, ao dizer que a fronteira do Acre está “totalmente aberta” e que não há segurança atualmente. O governador eleito do Amazonas, Wilson Lima (PSC), também defendeu um controle das fronteiras para combater a entrada de produtos ilegais no País.
Durante a reunião, os governadores eleitos do Amapá, do Acre e do Amazonas defenderam uma ação nacional para combater o tráfico de armas e drogas em regiões de fronteira. Ao falar sobre Segurança Pública, o governador reeleito do Amapá, Waldez Góes (PDT), afirmou que o assunto precisa ser tratado nacionalmente.
“Estados de fronteira alimentam o narcotráfico para São Paulo e Rio de Janeiro e muitas vezes isso não é comprado como uma tese nacional e fica os Estados do Rio e São Paulo sofrendo muito, quando deveríamos ter um pacto nacional com relação aos Estados de fronteiras.”
Todos os governadores defenderam a descentralização de recursos para reforçar as finanças dos governos estaduais. Estados como Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais enfrentam dificuldade para pagamento do funcionalismo público. As soluções discutidas no encontro vão da descentralização de impostos a empréstimos emergenciais de órgãos como o Banco Mundial e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que a proposta de novo pacto federativo não exigirá novos recursos da União para os Estados. Segundo ele, a ideia é descentralizar as decisões para que os governadores tenham mais independência para investirem recursos já orçados para áreas como Saúde, Educação, Transportes, Infraestrutura e Segurança Pública.
“Há uma decisão política do presidente eleito Jair Bolsonaro para realizarmos esse novo pacto federativo. Os governadores terão mais agilidade para fazer suas políticas. Os recursos já existem e não dependerão de emendas, por isso o pacto poderá ser implementado o mais rápido possível”, afirmou Doria, ao chegar ao Fórum dos Governadores.
“A contrapartida exigida será um esforço de ajuste fiscal por parte dos governos estaduais”, adiantou Doria. “Também falaremos hoje sobre Previdência e governabilidade”, acrescentou o governo eleito.
No fim do encontro, o presidente Bolsonaro disse que serão necessárias medidas duras no início do governo para evitar uma crise das proporções da Grécia.
Comentários