Indicação tinha sido aprovada por vereadores da cidade no último dia 31 de outubro. Rosaldo Aguiar, conhecido como ‘doutor Baba’, tentou reagir em assalto e foi morto, em Feijó.
Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco
A prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino, aprovou uma indicação de homenagem ao médico Rosaldo Aguiar, conhecido como “doutor Baba”, morto no último dia 27 de outubro, com o nome em uma praça da cidade.
A praça que vai receber o nome do médico está sendo construída no bairro Praia. Aguiar tentou reagir a um assalto e acabou sendo alvejado por um disparo de arma de fogo dentro de casa no município de Feijó, no interior do Acre.
A indicação foi apresentada pelo vereador Antônio Araújo, conhecido como “Príncipe” (PT). Em sessão ordinária do último dia 31 de outubro, os vereadores da Câmara de Tarauacá já haviam aprovado a proposta que foi encaminhada à prefeitura.
A prefeita parabenizou a iniciativa. “A indicação foi aceita, inclusive, parabenizei o vereador que fez a mesma. Baba era meu amigo, amigo de todos, pessoa muito querida e tudo que fizermos para homenageá-lo será pouco diante do bem que ele fez a tantas pessoas”, disse.
Latrocínio
O médico Rosaldo Aguiar foi morto com um tiro dentro de casa no município de Feijó, no interior do Acre. A polícia informou que os suspeitos queriam roubar a arma dele, ele reagiu e acabou sendo atingido com um disparo de arma de fogo.
Três homens foram presos pela morte de Aguiar e indiciados por latrocínio. Entre eles Felipe Rodrigues, Lucas de Oliveira e José Renê Avelino.
O último preso foi Avelino, que foi identificado como amigo do médico e estava na casa dele do momento do crime. Segundo a polícia, o suspeito sabia que a casa de Aguiar seria invadida por criminosos e não contou ao médico.
Trabalho solidário e amor pelo cinema
Nascido no Seringal Santa Luzia, no Rio Tarauacá, o médico era apaixonado pela natureza e tentava sempre ter contato com as coisas mais naturais. O doutor Baba também era conhecido no Acre por atender gratuitamente comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas. Ele alegava que preferia ir até os paciente já que muitos não tinham como se locomover até o hospital.
O médico também era apaixonado por cinema e, com sonho de ser ator, fez um leteiro de Hollywood em casa.
Ele começou a trabalhar no hospital em 1988 como auxiliar de serviços gerais, depois passou para técnico de enfermagem e, em seguida, ingressou no curso de medicina. Além da paixão pelos filmes, ele disse, em matéria pubicada pelo G1 em junho de 2017, que nutria o sonho de ser ator desde 18 anos, quando participou de uma peça de teatro, mas teve que abdicar da carreira na arte para se dedicar à medicina.
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