Em Rio Branco, grupos protesta contra reforma da previdência

Em Rio Branco, grupo protesta contra a reforma da Previdência

Movimento foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores no Acre (CUT-AC).

Por Alcinete Gadelha
Reunidos em frente a Central de Serviços Públicos (OCA), na manhã desta quarta-feira (20), trabalhadores e representantes de pelo menos seis sindicatos protestaram contra a reforma da Previdência.

Segundo a organização, a classe trabalhadora não chegou a ser convocada e que apenas os representantes sindicais participaram do ato. O movimento teve início às 7h e acabou por volta da 8h30, por causa da chuva. A Polícia Militar não acompanhou o movimento.

Organizada pela Central Única dos Trabalhadores no Acre (CUT-AC), a paralisação ocorre em várias centrais do país e tem como objetivo pressionar os deputados federais e o presidente Jair Bolsonaro sobre as mudanças que a reforma propõe.

A presidente da CUT, Rosana Nascimento, diz que é importante alertar a população sobre os malefícios da reforma.

"A gente está esclarecendo a população do risco que é a reforma da Previdência. Ela aumenta a idade, aumenta o tempo de contribuição. Para um servidor se aposentar integralmente com o seu salário ele tem que contribuir 40 anos. Então, ela inviabiliza uma aposentadoria integral", diz Rosana.

A proposta deve ser enviada nesta quarta para a Câmara dos deputados, o que motivou as paralisações em todo país.

"É necessário que a população compreenda o que tem realmente de prejuízo para o trabalhador. No caso, o trabalhador vai poder se aposentar com 65 anos, mas ele só recebe a aposentadoria integral, se contribuir por 40 anos", acrescenta Rosana.

O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, diz que o momento é difícil para a classe trabalhadora que não consegue fazer essa leitura e não terá mais uma aposentadoria integral.

"A reforma vai prejudicar, e muito, a sociedade brasileira. Ele está passando para 65 a idade mínima para homens, 62 anos para mulheres. Ninguém vai conseguir chegar lá, e não inclui todo mundo nessa reforma. Não inclui o Judiciário, a classe política, não inclui os militares. Por isso, vimos aqui para abrir os olhos do povo", finaliza Jucá.

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