Dia 22 tem paralisação dos trabalhadores contra a reforma da previdência no Acre

DIA 22 TEM PARALISAÇÃO DOS TRABALHADORES CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
A população acreana se rebela contra a nova proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro que penaliza todos os trabalhadores. Os dirigentes das centrais, sindicatos e ativistas dos movimentos sociais se reuniram no dia de ontem, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) para tratar da paralisação do dia 22. Esse ato público que acontecerá em frente do Palácio Rio Branco busca  sensibilizar a bancada acreana (deputados e senadores) para não votar na proposta que tramita atualmente, no Congresso Nacional. “Precisamos resistir e está juntos nessa luta, para impedir a retirada dos nossos direitos da aposentadoria”, declarou a presidente da Central Única dos Trabalhadores no Acre (CUT\Acre), Rosana Nascimento.   
A sindicalista disse que as maiores vítimas são as professoras, que precisarão contribuir por mais cinco anos e ainda aumentar a idade em dez anos. Com as mudanças propostas pelo governo federal, os trabalhadores em educação (professoras e professores) em efetivo exercício na educação básica precisará da idade mínima de 60 anos de idade e 30 anos de contribuição. 
A regra de transição para os/as atuais professores/as do nível básico que estão no efetivo exercício, segundo a representante do Sinteac,  será exigindo a idade mínima de 60 anos (ambos os sexos) para conquista a integralidade dos proventos, enquanto os trabalhadores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003, mas que não completaram os 60 anos de idade, eles serão regidos pela  nova regra geral de 60% do total da média remuneratória, a partir dos 20 anos de contribuição, porém, acrescido de 2% a cada ano adicional, podendo com isso,  totalizar 100% da remuneração aos 40 anos de contribuição. “O nosso benefício da paridade já era assegurada pela legislação em vigência, mas a idade mínima era 50  anos para as mulheres e 55 anos os homens, com 25 anos de contribuição”, lamentou a dirigente cutista.
O ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Acre Edmar Batistela disse que o trabalho que ingressou no serviço público, com 18 anos de idade vai completar o tempo de serviço, mas não alcançará a idade mínima para reivindicar o benefício. Explicou que o trabalhador privado e público precisará completar 65 anos de idade, para reivindicar o benefício da aposentadoria. “Esse trabalhador contribuirá por 47 anos para atingir a idade mínima proposta pela reforma do Bolsonaro”, criticou o sindicalista.
O diretor da CUT Nacional,  Rogério Pantoja aproveitou a ocasião, para  fez uma análise da conjunta nacional. Falou da pressão das bancadas na Câmara dos Deputados por indicações de nomes para o segundo escalão do governo, em troca do votar na reforma da Previdência.  “Temos que fazer mobilização nos aeroportos e nos eventos para sensibilizar os parlamentares nos seus estados reverem a sua posição”, comentou Pantoja.     
Prejuízos - Esclareceu que a proposta do Bolsonaro prevê mudanças profundas na base de cálculo da pensão por morte, pois reduz para 60% o pagamento do benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Explicou que uma mulher que fica viúva com dois filhos adolescentes receberá 80% do valor que o marido recebia, mas quando os garotos atingirem a maioridade, os 20% do benefício retorna aos cofres da Previdência. “Com a nova proposta de reforma, quem for receber pensão ou aposentadoria apenas lhe será assegurado o direito de receber do valor integral do benefício que achar mais vantajoso”, comentou.
Pantoja fez questão de alerta do outro ponto da PEC que trata do Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a pagar o benefício aos  idosos e deficientes de baixa renda, pois além de mudar a idade de 60 anos para 70 anos, o valor do benefício que hoje, é de  R$ 998,00 reduz para apenas R$ 400. O aposentado Fran Lima convida os trabalhadores para participarem nesse sábado (dia 16) de um ato de repúdio em frente do Palácio Rio Branco. De acordo com os idealizadores a manifestação começa por volta das 8horas da manhã e vai até às 12horas, para que a população rio-branquense possa dizer Não a nova reforma da Previdência. Destacou que proposta é um engodo e é desnecessária, mas a população precisa deixar o conforto das suas casas para retornar as ruas para mandar um recado para a bancada acreana que o povo não quer mudanças nas regras da Previdência. “Não existe autoridade, se o povo brasileiro não permitir as novas regras que estão sendo imposta pelo governo Bolsonaro", declarou Lima. (Com informações do jornal A Tribuna)

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