Protesto contra aumento na tarifa de energia promovido pelo Ver. Romário Tavares reúne centenas de pessoas em Cruzeiro do Sul

Protesto contra aumento na tarifa de energia promovido pelo Ver. Romário Tavares reúne centenas de pessoas em Cruzeiro do Sul

Redação Juruá em Tempo
Centenas de pessoas lotaram, nesta sexta-feira, 15, a frente da Catedral Nossa Senhora da Glória. Os manifestantes protestaram contra o aumento de mais de 21% na tarifa de luz, em Cruzeiro do Sul. 

O ato foi organizado pelo vereador Romário Tavares que, assim como a população, está inconformado com o aumento abusivo na conta de energia. Segundo ele, no próximo dia 22, será protocolada uma ação junto ao Ministério Público com o intuito de suspender o aumento. 

Vale lembrar que Justiça Federal no Acre chegou a conceder uma liminar, a pedido da Defensoria Pública da União e da Defensoria Pública Estadual, impedindo o reajuste. Contudo, a liminar foi derrubada pelo TRF 1. Um novo recurso tem sido elaborado pela DPU e DPE para derrubar a decisão.

“Esse manifesto é um ato popular, um ato da população do Juruá. Nós vamos conseguir levar para a Câmara Municipal, no dia 22, um ato com a presença de senadores e deputados estaduais”, disse o vereador. 

A aposentada Maria de Fátima Gomes, de 63 anos, diz estar revoltada com o aumento abusivo na tarifa de energia. Com o salário mínimo que recebe por mês, ela consegue comprar apenas alimentação e remédios.

“Eu dependo de remédio controlado, de remédio pra pressão alta, e toda essa medicação eu compro. Não me resta mais nada pra sobreviver o restante do mês. Deixo de comprar minha alimentação adequada para meu problema de saúde pra pagar a conta de luz. Tô revoltada com a situação”, desabafa.

Na casa do autônomo Manoel Lima de Souza, de 57 anos, a conta de luz subiu de R$ 150 para R$ 509. Ele, que trabalha por uma diária no valor de R$ 30, não sabe como vai sobreviver tendo que pagar quase mais da metade de um salário mínimo da conta de energia. 

“Venderam a Eletroacre pra estar cobrando isso aqui, somos pobres, trabalhadores, e não temos condições de pagar esse valor. Ou compramos comida ou pagamos a luz. Lá em casa só tem geladeira, 4 bicos de luz e uma máquina de lavar roupa. Troquei toda a fiação e não teve jeito, continua aumentando”.

Comentários