Via Verde Shopping e protege são condenados a pegar R$ 15 mil por barrar entrada de deficiente físico
Via Verde Shopping e Protege são condenados a pagar R$ 15 mil por barrar entrada de deficiente físico
A juíza Thaís Queiroz de Oliveira Khalil condenou o Via Verde Shopping e a empresa Protege S/A Proteção e Transporte de Valores a pagarem indenização por danos morais no valor de R$ 15 mil ao deficiente físico Mário Williams Moreira, 44 anos.
A decisão foi divulgada no dia 22 de fevereiro deste ano, quase seis anos após Mário ter sido impedido de entrar no Via Verde Shopping. Ele foi barrado por um segurança da empresa Protege e não pôde entrar no estabelecimento.
A magistrada viu elevado zelo dos advogados das duas partes, que permitiram tramitação demorada da ação, e baixou de 20% para 13% os honorários, a serem pagos também pelos réus.
Segundo a sentença, o Via Verde Shopping e Protege chegaram a pedir o depoimento de Mário, mas não foi possível devido a difivuldade dele se expressar oralmente, impedindo qualquer compreensão.
Entenda o caso
Acostumado a andar sozinho pela cidade e figura conhecida pelos rio-branquenses, Mário afirmou na época que pediu para um motorista de ônibus levá-lo ao shopping. “Eu nunca tinha entrado lá, todo mundo falava e eu só queria conhecer”, contou logo após ser barrado pelo segurança. Chegando ao local, ele disse que tentou entrar e foi abordado por um segurança. “O homem me barrou, não me deixou entrar “, disse.
A mãe de criação de Mário, Lenira Gomes, diz que ao ser barrado o seu filho voltou até o motorista de ônibus que o levou ao shopping e contou o que aconteceu. O motorista foi até o segurança que teria dito que Mário não podia entrar por não estar acompanhado por familiar.
A direção do shopping negou que Mário tenha sido barrado e afirmou que o segurança abordou o rapaz para oferecer ajuda. Segundo a direção, o segurança orientou que Mário poderia adentrar ao shopping, mas que seria importante a presença de um familiar. “Essa é uma orientação para qualquer um que tenha necessidades especiais. Ele entendeu que não poderia entrar”, disse a direção na época.
Fonte: folha do Acre
Comentários