JORNAL NACIONAL
Relator da Previdência defende fim de salário integral para servidores
Começa a contar prazo para a votação do relatório do projeto de reforma na Comissão Especial. Regimento exige 40 sessões no plenário.
Por Jornal Nacional
Relator da reforma da Previdência criticou aposentadoria integral dos servidores públicos
O relator da reforma da Previdência defendeu o fim do pagamento do salário integral para servidores que se aposentarem. Nesta terça-feira (30), começou a contar prazo para a votação do relatório na Comissão Especial da Câmara.
Depois de uma tentativa frustrada na segunda-feira (29), os governistas conseguiram, nesta terça (30), quórum suficiente para abrir a sessão no plenário da Câmara e assim começar a contar o prazo para a votação da reforma da Previdência na comissão especial.
O regimento exige até 40 sessões no plenário, que só podem ser abertas com no mínimo 51 deputados. Nesta terça, eram 87 na Casa. O presidente e o relator da comissão especial se reuniram para discutir um calendário para os trabalhos. A comissão vai se reunir três vezes por semana.
Se tudo acontecer como espera o governo, o relatório da comissão especial deve ser apresentado e votado no início de junho. Mas a comissão vai trabalhar de olho no plenário. Só vai votar o relatório quando o governo conseguir os 308 votos necessários para aprovar a PEC.
“Eu não tenho como administrar se em junho vai ter voto para votar. E aí nós vamos tendo que regular a velocidade da comissão de acordo com o trabalho de articulação do governo”, disse o presidente da Comissão Especial, deputado Marcelo Ramos (PR-AM).
O relator defendeu que os servidores públicos deixem de receber o salário integral quando se aposentarem, respeitado um período de transição. “É preciso conversar muito sobre essa questão da integralidade. É justo receber integralmente o salário da ativa por 30, 40 anos de R$ 30 mil, de R$ 25 mil na aposentadoria? Nós temos condições no Brasil de pagar isso? Nós precisamos saber o que nós queremos da Previdência”, afirmou o relator da Comissão Especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
No fim da tarde, os dois foram para o Ministério da Economia, se reuniram com o secretário de Previdência. “O governo irá defender a integralidade do projeto. Agora, evidente que vários pontos já foram levantados por diferentes parlamentares e partidos em relação a determinados temas e nós queremos ter oportunidade de convencê-los ou sermos convencidos”, disse Rogério Marinho.
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