Ex-superintendente do IBAMA no Acre é preso durante operação da Polícia Federal
Por Leônidas Badaró - para ac24horas
Carlos Gadelha, ex-superintendente do Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado do Acre é um dos presos da Operação Ojuara, deflagrada pela Polícia Federal e a Força-Tarefa Amazônica do Ministério Público Federal (MPF).
Iniciada em 2017, a investigação comprovou a participação de pecuaristas, servidores do Ibama do Acre, Policiais Militares do Amazona e advogados na prática de crimes de desmatamento, organização criminosa, invasão de terras públicas, formação de milícia, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e até tentativa de homicídio entre outros crimes na região dos municípios de Lábrea e Boca do Acre, no Amazonas.
Segundo o delegado da PF Victor Negraes, a organização criminosa se dividiu em vários núcleos. O primeiro era dos fazendeiros que invadiam terras públicas, praticavam crimes ambientais de desmatamento e grilavam terras.
No outro braço da organização estavam alguns servidores do Ibama do Acre que agiam para beneficiar os criminosos e eram compensados com pagamento de propina.
Ao todo, 5 servidores do órgão que tem como objetivo defender a preservação dos recursos naturais, tiveram suas prisões decretadas, entre eles Carlos Gadelha, ex-superintendente do Ibama no Acre.
As investigações apontam que os servidores lavraram autos de infração em nome de laranjas para proteger os verdadeiros criminosos. A outra forma de ajudar os acusados pelo desmatamento era cometer erros propositais no ato de lavração que comprometiam definitivamente a infração. Pesam também contra os servidores a acusação de vazar operações que pudessem flagrar os crimes ambientais.
O grupo da coação era formado por Policiais Militares do Amazonas que eram pagos para proteger as terras invadidas e os desmatamentos e ameaçar e expulsar pequenos produtores rurais de suas propriedades. Há registo, inclusive de uma tentativa de homicídio.
Existia ainda como parte da organização criminosa, o grupo do que a investigação chama de os “operadores”. Eram pessoas que faziam a ponte entre os agropecuaristas e servidores, tanto do Ibama como os Policiais Militares, e que eram os responsáveis pelo pagamento de propina.
A investigação aponta que a área onde a organização criminosa atuava é de mais de 86 mil hectares. Cerca de 10% dessa área já tinha sido desmatada.
A Operação Ojuara expediu dez mandados de prisão preventiva, oito mandados de prisão temporária e 36 mandados de busca e apreensão. Parte dos investigados teve ainda o sequestro de bens e valores decretado pela Justiça.
Dos 18 mandados, são 5 servidores do Ibama, 4 Policiais Militares, 5 fazendeiros e 4 “operadores”.
Algumas diligências ainda estão em andamento
Por Leônidas Badaró - para ac24horas
Carlos Gadelha, ex-superintendente do Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado do Acre é um dos presos da Operação Ojuara, deflagrada pela Polícia Federal e a Força-Tarefa Amazônica do Ministério Público Federal (MPF).
Iniciada em 2017, a investigação comprovou a participação de pecuaristas, servidores do Ibama do Acre, Policiais Militares do Amazona e advogados na prática de crimes de desmatamento, organização criminosa, invasão de terras públicas, formação de milícia, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e até tentativa de homicídio entre outros crimes na região dos municípios de Lábrea e Boca do Acre, no Amazonas.
Segundo o delegado da PF Victor Negraes, a organização criminosa se dividiu em vários núcleos. O primeiro era dos fazendeiros que invadiam terras públicas, praticavam crimes ambientais de desmatamento e grilavam terras.
No outro braço da organização estavam alguns servidores do Ibama do Acre que agiam para beneficiar os criminosos e eram compensados com pagamento de propina.
Ao todo, 5 servidores do órgão que tem como objetivo defender a preservação dos recursos naturais, tiveram suas prisões decretadas, entre eles Carlos Gadelha, ex-superintendente do Ibama no Acre.
As investigações apontam que os servidores lavraram autos de infração em nome de laranjas para proteger os verdadeiros criminosos. A outra forma de ajudar os acusados pelo desmatamento era cometer erros propositais no ato de lavração que comprometiam definitivamente a infração. Pesam também contra os servidores a acusação de vazar operações que pudessem flagrar os crimes ambientais.
O grupo da coação era formado por Policiais Militares do Amazonas que eram pagos para proteger as terras invadidas e os desmatamentos e ameaçar e expulsar pequenos produtores rurais de suas propriedades. Há registo, inclusive de uma tentativa de homicídio.
Existia ainda como parte da organização criminosa, o grupo do que a investigação chama de os “operadores”. Eram pessoas que faziam a ponte entre os agropecuaristas e servidores, tanto do Ibama como os Policiais Militares, e que eram os responsáveis pelo pagamento de propina.
A investigação aponta que a área onde a organização criminosa atuava é de mais de 86 mil hectares. Cerca de 10% dessa área já tinha sido desmatada.
A Operação Ojuara expediu dez mandados de prisão preventiva, oito mandados de prisão temporária e 36 mandados de busca e apreensão. Parte dos investigados teve ainda o sequestro de bens e valores decretado pela Justiça.
Dos 18 mandados, são 5 servidores do Ibama, 4 Policiais Militares, 5 fazendeiros e 4 “operadores”.
Algumas diligências ainda estão em andamento
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