Governo do Acre anuncia reforço na segurança pública para combater criminalidade


Secretário de segurança em exercício tranquiliza população e diz que liberdade de ir e vim está garantida

Por:
Agência Acre


OGoverno do Estado do Acre divulgou nesta segunda-feira, 20, o conjunto de medidas e ações que serão adotadas por todos os órgãos que compõem o sistema de Segurança Pública para combater a violência e solucionar os recentes episódios envolvendo a fuga de detentos do Complexo Penitenciário de Rio Branco e dos homicídios ocorridos na região da rodovia Transacreana.

Durante entrevista coletiva à imprensa na Casa Civil, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) em exercício, Ricardo Brandão, afirmou que o Estado não tem medido esforços para proteger a população. Como exemplo, citou a maior presença das forças policiais nas ruas e rodovias que cortam o Acre, por meio da operação Fecha Fronteiras, e redução de 25% nos índices de crimes contra a vida em 2019, uma das maiores quedas registradas entre todas as unidades da federação.

Para prosseguir na intensificação do enfrentamento à criminalidade, foi anunciado um grande reforço policial em pontos estratégicos e de maior vulnerabilidade. Todos os policiais de folga estão em sobreaviso e os 250 novos policiais militares, convocados no ano passado, serão utilizados para aumentar o efetivo nas ruas.
Secretário Ricardo Brandão explicou todas as medidas adotadas pelo Estado no enfrentamento à criminalidade Foto: Marcos Vicentti/Secom

Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e do Exército, novas barreiras serão montadas ao longo das BR’s 364 e 317, principais rotas de acesso ao Acre e aos países vizinhos, Bolívia e Peru. O governo acreano também solicitou ao comando do exército em Rondônia a instalação de um bloqueio na região da balsa sobre o rio Madeira. O mesmo pedido foi feito à secretaria de Segurança Pública do Amazonas para intensificar a fiscalização policial nos municípios de Boca do Acre e Guajará. Com este controle terrestre, o principal objetivo é evitar possíveis fugas de criminosos para outros estados do país.

“As barreiras constituídas pela operação Fecha Fronteiras surtiram efeito positivo e serão mantidas com o acréscimo de mais aparato policial para que essas barreiras continuem com mais reforço, e as demais ações envolvem buscas e capturas de presos foragidos neste momento, busca e captura de presos que estão com mandado de prisão em aberto e que tenham envolvimento com crimes de homicídios e crimes graves contra a comunidade”, pontuou Brandão.

Diante da atual situação, o governo já instituiu um gabinete de crise do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), que só será desfeito quando os casos forem solucionados. O Estado pediu ainda agilidade do Poder Judiciário na análise e emissão de mandados de prisão de pessoas consideradas de alta periculosidade.

Cúpula da Segurança Pública reunida durante anúncio de reforço policial para combater a violência Foto: Marcos Vicentti/Secom

“O Sistema de Segurança Pública já vinha tratando a importância de termos as instituições públicas do estado mais envolvidas com a defesa da população. Mais envolvido com o sentimento de unidade que temos que ter com o cidadão comum e, a partir de agora, dentro do planejamento que a secretaria vem fazendo, estamos procurando chegar cada vez mais próximo da população para compreender suas reais necessidades e dar as respostas que as pessoas precisam”, enfatizou.

Pela terceira vez, o Acre formalizou à União o pedido de reforço de maior atuação das forças federais no estado. Segundo Brandão, nenhuma solicitação foi atendida. O secretário repudiou a politização em torno de uma possível intervenção federal e expôs que a Força Nacional de Segurança atualmente tem uma base em Plácido de Castro para o combate aos crimes transfronteiriços.

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