Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os indígenas não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos – tendo em vista todo o processo de caça, catequização, apresamentos, perseguições, posse de terras, genocídio e todos e quaisquer atrocidades cometidas pelos os “homens brancos”.
No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.
Esta data, não deve ser “comemorada”, como vemos principalmente nas escolas. A data deve ser usada para que se desconstrua a ideia de coisificação e os equívocos que se cometem em relação às populações. A data deve ser usada para exercitar o senso crítico em relação a educação e ao que os livros didáticos de maneira geral evidenciam. A data deve ser utilizada como momento para se discutir a formação do povo brasileiro. A data é, sobretudo, um marco da luta por direitos, sobretudo civis, que as sociedades indígenas reivindicam. Que nós, enquanto brasileiros e seres humanos, possamos reconhecer os efeitos destes problemas e apoiá-los nesta luta. Afinal, conhecer, valorizar e preservar os povos indígenas são um importante exercício de cidadania. O objetivo do nosso projeto nas redes sociais é este, divulgar as culturas e valorizar suas causas. Viva os Povos Indígenas do Brasil!!!
Fotografias: Pedro Nunes
Equipe Editorial.
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