Policiais penais alegam contato com infectados para receberem afastamento do trabalho

Policiais penais alegam contato com infectados para receberem afastamento do trabalho

Por REDAÇÃO
Foto: Gleilson Miranda/Secom
Em menos de quatro dias sessenta e nove polícias penais acreanos foram licenciados de suas funções após alegação, pessoal, de contato com um colega que testou positivo para covid-19.

No entanto, o número real de polícias penais que, realmente, tiveram contato com o colega infectado com corona virus pode ser bem menor.

Um membro de uma das guarnições do presídio Francisco de Oliveira Conde, cujo nome será preservado, garantiu ao Acjornal que alguns colegas estariam alegando ter tido contato com os infectados só para pegarem dispensa do trabalho.

“Eu sou de uma equipe de plantão que em decorrência da nossa escala de serviço não tem a menor possibilidade de contato físico com o primeiro colega contaminado. Mesmo assim, membros da minha equipe procuraram a diretoria para declararem que tinham tido contato, no trabalho, com o colega doente.” Disse.

Os agentes suspeitos de contágio do covid-19 ficam em casa durante o período científico de incubação da doença e só retornam às atividade depois da oficialização do resultado do exame.

Segundo a fonte do Acjornal alguns já estão entrando na segunda semana sem comparecerem ao trabalho e são vistos caminhando ou fazendo outro tipo de atividade física todas as tardes.

“São, em media, catorze dias para o cara ficar em casa, só de boa, sem vim ao trabalho. Já vir alguns caminhando, tranquilamente, nas imediações do parque do tucumã.” Relatou.

Entre boa parte dos policiais penais é consenso que muitos dos que foram afastados do serviço por causa do risco de disseminação do covid-19 agiram de mar fé com a direção da entidade ao prestarem falsas informações sobre eventual exposição ao perigo da doença.

Dos sessenta e nove afastados, vinte e quatro receberam o resultado do exame nas últimas 24 horas e testaram negativo para a doença.

O número de casos positivos, até a publicação dessa matéria, era de 8 polícias penais, incluindo o diretor da penitenciária do município de senador Guiomard (AC).

Outros trinta e sete ainda aguardavam o resultado dos exames em casa, sem agravamento do eventual quadro clínico.

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