Após mais de um mês na UTI com Covid-19 ,jovem de 26 anos tem alta em hospital do Ac e é recebida com festa pela família

Após mais de um mês na UTI com Covid-19, jovem de 26 anos tem alta em hospital do AC e é recebida com festa pela família

Após mais de um mês internada com Covid-19, Karolina Souza da Silva, de 26 anos, deixou o leito do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), em Rio Branco, sob aplausos, lágrimas, sorrisos e muita alegria no domingo (21). Hospitalizada desde o dia 16 de maio, Karolina ficou 28 dias entubada na UTI da unidade lutando contra a doença.

Karolina é hipertensa e teve várias complicações por causa do novo coronavírus. Nesta segunda-feira (22), o G1 conversou com o marido da jovem, Dilson Silva dos Santos.

Ele explicou que a mulher teve 50% do pulmão comprometido e ainda sente muita falta de ar. Por isso, ele falou que não seria recomendado, no momento, que Karol, como é conhecida, falasse sobre a situação.

“A gente fica muito emocionado pelo momento, não só a família, mas os médicos, enfermeiros ficaram muito emocionados com a história dela. Não seria recomendado falar com ela ainda, quando me ver já chora e se for falar tudo sobre isso vai ficar emocionada. Ela ainda está muito fraca”, relatou.

No domingo, amigos, familiares e o marido foram para a porta do hospital com cartazes, balões e muita saudade de Karol.

Internação

Karol mora com o marido e o pai no bairro Comara, na capital acreana. Em maio, a jovem descobriu que estava com a doença e resistiu para ir ao hospital temendo pela vida.

“Não queria ir, fizemos a tomografia e já estava com 50% do pulmão comprometido e passou uns dias e teve que ser entubada na UTI. No início foi muito complicado porque estava muito difícil, com o tempo apareceu um sangramento interno, com o tempo começou a sangrar por fora também”, relembrou santos.

O marido de Karol disse que os médicos falaram para a família orar bastante e pedir ajuda de Deus, uma vez que a recuperação da paciente seria um milagre.

“O estado dela era muito grave. O médico me falou que já está há 11 anos nesse cargo e nunca viu um paciente ser tão forte a ponto de aguentar até ela aguentou. O sangue dela coagulou”, lamentou.

Ele acrescentou que o sogro não pegou a doença, mas acredita que ele se infectou. Porém, na época, Santos falou que não conseguiu fazer o teste para saber se estava realmente com os sintomas, ficou isolado em casa por mais de 20 dias e está bem.

“Apresentei os sintomas porque quem levou ela para UPA foi eu e peguei também. Fiquei 22 dias sem trabalhar e em casa. Não fiz porque não estava tendo o teste, me curei em casa mesmo. Senti falta de ar, dor de cabeça, na garganta, febre alta”, destacou.

Em meio a tanta dificuldade e incertezas durante a pandemia, Santos ressaltou que o retorno da mulher traz esperança e alegria.

“Tem tanta gente que não tem esse privilégio de voltar para casa, passa dois ou três dias, morre e a família não sabe de nada. É muito complicado, a gente fica muito emocionado pelo caso dela”, concluiu.

Fonte: G1.

Comentários