Governo tenta recuperar cidade da Tailândia que foi invadida por macacos
Moradores de Lapburi, na Tailândia sofrem com a cidade tomada por macacos. Segundo a Agência de notícias AFP, a população de macacos dobrou em pouco tempo e 6 mil deles vivem hoje com 27 mil humanos na cidade. Uma das moradoras da cidade disse a AFP que as fezes dos macacos têm odor muito forte.
Os habitantes estão refugiados em suas casas e há territórios proibidos para humanos. Os macacos que antes era atração de turistas estão fora de controle.
“Vivemos em uma gaiola e os macacos vivem em liberdade”, disse Kuljira, que foi forçada a cobrir a parte de trás da casa em que mora. “Os excrementos estão por toda parte, o cheiro é insuportável, especialmente quando chove”, acrescenta.
Em Taweesak, um comerciante, instalou tigres e crocodilos empalhados para tentar assustar os macacos e também usa uma bengala para afastá-los quando tentam entrar na loja.
Essa invasão aconteceu pois os animais foram expulsos de seu habitat natural. Primeiramente foram confinados ao redor de um templo da cidade, com o passar do tempo, os animais invadiram as ruas, apropriaram-se de edifícios e obrigaram os lojistas a fecharem as portas, um exemplo disso é o o antigo cinema da cidade que se transformou em cemitério para os animais.
Isolamento social
Antes do isolamento social causado pelo coronavírus (Covid-19), os mamíferos eram a principal atração turística de Lopburi e eram tolerados pela população pois constituíam uma fonte de renda considerável. Porém o país fechou as fronteiras em razão da pandemia e os turistas e estrangeiros, que antes alimentavam os animais e tiravam fotos com eles, não visitam mais a cidade.
Um vídeo postado em março na internet, ajudou as autoridades a reagiram a situação. Os animais são atraídos por alimentos colocados em gaiolas grandes, anestesiados e transferidos para uma clínica veterinária para serem castrados. No dia 20 de junho, o primeiro dia da campanha cerca de 50 macacos foram operados.
“Capturamos 100, mas operamos apenas metade. Alguns já haviam sido esterilizados, outros estavam amamentando, outros eram muito jovens”, disse Narongporn Daudduem, diretor do Departamento de Parques e Vida Selvagem de Lopburi.
Porém somente a campanha não será suficiente e outras medidas devem ser tomadas, como remover todos os macacos da cidade e agrupá-los em outro local construído para eles. Até lá a população terá que continuar convivendo com os animais.
“Esses macacos têm o hábito de comer de tudo, como os humanos. Mas quanto mais são alimentados, mais energia terão e mais se reproduzirão”, diz Pramot Ketampai, morador da cidade.
O habitante diz que não quer que os animais desapareçam. “São eles que farão os turistas voltarem. E também, se todos forem embora, eu me sentiria um pouco sozinho”, disse Pramot.
Com informações do O Tempo
Comentários