GOIÁS: ONÇA-PINTADA FERIDA EM INCÊNDIO NO PANTANAL PASSA POR TRATAMENTO COM CÉLULAS- TRONCO

 Mais uma onça-pintada ferida em incêndio no Pantanal passa por tratamento com células-tronco, em Corumbá de Goiás 

Após quase um mês da transferência da onça-pintada ferida nas queimadas do Pantanal, o Instituto de Preservação e Defesa dos Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil em Processo de Extinção (Nex), em Corumbá de Goiás, recebeu outra onça machucada no incêndio, desta vez um macho.


O animal foi resgatado na última sexta-feira (11) em um helicóptero da Marinha e foi levado para a Universidade Federal do Mato Grosso. Após receber os primeiros curativos, a onça-pintada foi encaminhada para Goiás. A viagem durou mais de 13 horas e foi acompanhada por um médico veterinário.


O felino, que já recebeu o nome de “Ousado”, também vai passar pelo tratamento com células-tronco, assim como Manancy, que chegou no instituto no dia 17 de agosto, já recebeu. As aplicações são feitas nos pontos onde há lesões provocadas pelo fogo no intuito de acelerar a cicatrização e regenerar o tecido queimado.


“Fizemos a limpeza das feridas, foi feita medicação nele e agora ele voltou a ter novas botinhas e a gente torce para que ele não tire essas botas, porque essas botinhas vão servir como proteção e como acolchoamento quando ele for andar”, explicou o veterinário Thiago Luczinski, que acompanha as onças. 


Evolução da primeira onça


Manancy, por sua vez, começou o tratamento com células-tronco no dia 29 de agosto e, em menos de três semanas, já apresenta uma evolução muito boa, segundo Luczinski.


“Esse processo de cicatrização [está] acontecendo, foram feitas aplicações de células-tronco, então alguns pontos de aplicação já tiveram resultados bem positivos, como, por exemplo, alguns pontos de exposição óssea, o tecido da cicatrização já cobriu essa ponta de osso, já está fechando, assim como nas exposições de tendões”.


O processo de cicatrização já permite que a onça-pintada caminhe por conta própria.


“O estado geral dela está muito bom. Voltou a caminhar com as quatro patas, caminha bem, se alimenta bem, está mais agressiva, o que é o mais próximo de um animal ‘normal’, diferente de quando ela chegou, que só ficava deitada, não caminhava”, relata Luczinski.


De acordo com a presidente e fundadora do instituto, Cristina Giani, a expectativa é que os animais se recuperem o mais breve possível para que possam retornar à natureza.


Do portal G1 de Goiás

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